Uma biotoxina prejudicial à saúde foi detectada nas águas do sotavento algarvio, o que motivou a proibição de apanha de bivalves por parte das autoridades marítimas.
A situação foi detectada há duas semanas, pelo que os mariscadores da região estão oficialmente impedidos de apanhar conquilhas apesar do mar estar calmo e de não faltar este apreciado bivalve. A referida toxina é produzida por uma alga e em análises realizadas pelo laboratório do Instituto Nacional de Recursos Biológicos voltaram a detectar, esta segunda-feira, o fitoplâncton produtor da biotoxina que pode causar problemas gástricos. Esta micro-alga tem uma duração de cerca de quinze dias e a toxina provoca problemas gastro-intestinais por dois ou três dias.
Apesar da interdição, muitos são os que insistem na apanha da conquilha o que tem provocado problemas de saúde em várias famílias da zona.
Os conquilheiros de Monte Gordo, cerca de meia centena, com licenças de arrasto de cintura e mais de cem que apanham bivalves clandestinamente, estão impedidos de trabalhar para sustentar as suas famílas pelo que estão a viver situações dramáticas. Também as embarcações que se dedicam à apanha de bivalves, cerca de meia centena, estão impedidos de apanhar este tipo de marisco em toda a costa desde Vila Real de Santo António até Vilamoura, incluindo a zona interior da Ria Formosa.